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Quando não se deve realizar a litotripsia para quebrar PEDRAS NOS RINS

Contraindicações para a Litotripsia Extracorpórea: O que Você Precisa Saber

A **litotripsia extracorpórea** é um procedimento terapêutico não invasivo destinado à desintegração de cálculos renais e ureterais por meio de ondas mecânicas de choque. Essas ondas de choque são transmitidas através da água e focadas diretamente no cálculo renal ou ureteral com o auxílio da fluoroscopia (RX em tempo real) ou ultrassom.

A mudança na densidade do tecido entre o tecido renal mole e a pedra dura causa uma liberação de energia na superfície da pedra, fragmentando-a.

A litotripsia extracorpórea é um procedimento médico não invasivo utilizado para tratar cálculos renais, também conhecidos como pedras nos rins. Este tratamento envolve o uso de ondas de choque para quebrar os cálculos em pedaços pequenos o suficiente para serem eliminados naturalmente pelo corpo. Apesar de ser uma opção eficaz para muitos pacientes, existem condições específicas que podem contraindicar a realização deste procedimento. Neste artigo, exploraremos quais pacientes podem estar inaptos para a litotripsia extracorpórea e os exames necessários antes de sua realização.

Entendendo a Litotripsia Extracorpórea

Antes de discutir as contraindicações, é importante entender o que é a litotripsia extracorpórea. Esse método utiliza ondas de choque geradas por uma máquina, que são direcionadas aos cálculos renais para fragmentá-los. É uma alternativa preferencial para alguns tipos de cálculos e pacientes devido ao seu caráter menos invasivo em comparação a outros procedimentos cirúrgicos.

Exames Preliminares Essenciais

Confirmação da Presença de Cálculos

O primeiro passo antes de considerar a litotripsia extracorpórea é confirmar a presença de cálculos renais. Isso geralmente é feito por meio de radiografias ou outros métodos de imagem, que permitem ao médico visualizar e localizar os cálculos com precisão.

Avaliação da Coagulação Sanguínea

Exames de coagulação são fundamentais para assegurar que o paciente não apresente riscos elevados de sangramento durante ou após o procedimento, visto que pequenos traumas renais podem ocorrer, podendo levar à formação de hematomas.

Urocultura

Uma urocultura é solicitada para verificar a existência de infecções urinárias ativas. Realizar a litotripsia em presença de uma infecção pode aumentar o risco de complicações graves, como a sepse.

Exame de Gravidez

Em mulheres em idade fértil, um teste de gravidez é essencial devido ao uso de radiação para localização dos cálculos. A exposição à radiação e as ondas de choque podem representar riscos ao feto.

Contraindicações da Litotripsia Extracorpórea (LEOC)

Gravidez

A gravidez é uma contraindicação absoluta. A exposição à radiação e o risco potencial para o feto devido às ondas de choque tornam o procedimento inseguro para gestantes.

Durante a gestação, a LEOC é **contraindicada** devido ao risco de **abortamento** e **descolamento de placenta**. Portanto, pacientes grávidas não devem ser submetidas a esse procedimento .

Distúrbios de Coagulação

Pacientes com problemas de coagulação sanguínea, como aqueles com sangue muito “fino”, estão em risco aumentado de desenvolver hematomas significativos após o procedimento, o que pode ser perigoso.

Os motivos pelos quais as coagulopatias tornam a LEOC inadequada:

  1. **Risco de Hemorragia**: Pacientes com coagulopatias têm maior risco de hemorragia durante o procedimento. A LECO envolve a aplicação de ondas de choque sobre os cálculos renais para fragmentá-los em partes menores, que podem ser eliminadas naturalmente. Se a coagulação sanguínea não estiver funcionando corretamente, pode haver um risco aumentado de sangramento.
  2. **Dificuldade na Cicatrização**: A coagulopatia também pode afetar a cicatrização após o procedimento. A formação adequada de coágulos é essencial para a cicatrizaão dos tecidos danificados pelas ondas de choque.
  3. **Complicações Pós-Procedimento**: Pacientes com coagulopatias podem ter maior probabilidade de desenvolver complicações após a LECO, como hematomas ou sangramento prolongado.

Infecção Urinária Ativa

A litotripsia não deve ser realizada em pacientes com uma infecção urinária ativa sem tratamento prévio. A manipulação dos rins e ureteres pode disseminar a infecção, levando a complicações sérias. A infecção urinária não tratada é uma contraindicação para LEOC no tratamento de cálculos renais. Vamos explicar por quê:

  1. **Infecção não tratada**: A infecção urinária não tratada pode ascender até o rim, causando pielonefrite, uma infecção grave do rim. Isso ocorre quando a infecção na bexiga (cistite bacteriana) se espalha para o rim. A pielonefrite pode ser perigosa, pois há risco de a bactéria entrar na corrente sanguínea e causar sepse . A LEOC pode aumentar o risco de disseminação da infecção e agravar a pielonefrite.
  2. **Efeitos nos tecidos renais**: A LEOC envolve o uso de ondas de choque para quebrar os cálculos renais em fragmentos menores, facilitando sua eliminação pela urina. No entanto, esses fragmentos podem causar lesões nos tecidos renais e aumentar o risco de infecção se houver uma infecção subjacente não tratada.

Hipertensão Descontrolada

Pacientes com pressão arterial alta não controlada devem tratar essa condição antes do procedimento, pois a litotripsia pode provocar picos de pressão arterial.

A hipertensão descontrolada é uma contraindicação para esse tratamento. Isso ocorre porque a pressão alta pode afetar os vasos sanguíneos e órgãos, tornando-os mais suscetíveis a complicações durante o procedimento. Além disso, pacientes com hipertensão resistente têm maior risco de doenças cardiovasculares, e submetê-los à LEOC poderia aumentar ainda mais esse risco.

Obstrução Renal

A presença de obstrução no sistema urinário, especialmente por cálculos que impedem a drenagem renal, requer intervenção para desobstrução antes de considerar a litotripsia.

A obstrução renal impede o fluxo normal da urina, o que pode dificultar a eliminação dos fragmentos de cálculos após a LEOC. A presença de obstrução pode aumentar o risco de complicações e afetar os resultados do tratamento.

Conclusão

Antes de proceder com a litotripsia extracorpórea, é essencial que o médico avalie cuidadosamente cada paciente para identificar qualquer contraindicação. Pacientes devem ser transparentes sobre seu histórico médico e seguir as orientações de preparação para o procedimento. A litotripsia pode ser uma opção terapêutica eficaz e segura quando realizada nos candidatos apropriados, sob a devida supervisão médica segura e adequada.

FAQ (Perguntas e Respostas Frequentes)

 O que é litotripsia extracorpórea?

  1. A litotripsia extracorpórea é um procedimento médico que utiliza ondas de choque para desintegrar cálculos renais e ureterais, permitindo que sejam eliminados naturalmente pelo corpo. É um tratamento não invasivo que usa a diferença de densidade entre o tecido renal e o cálculo para fragmentar este último.
  2. Todos podem realizar a litotripsia extracorpórea?
    Não. Existem condições específicas que contraindicam o procedimento, incluindo gravidez, distúrbios de coagulação, infecção urinária ativa, hipertensão descontrolada e obstrução renal.
  3. Por que a gravidez é uma contraindicação para a litotripsia extracorpórea?
    Durante a gestação, a exposição à radiação e o risco potencial para o feto devido às ondas de choque tornam o procedimento inseguro. Há riscos de abortamento e descolamento de placenta, portanto, é contraindicado para gestantes.
  4. Como os distúrbios de coagulação afetam a segurança da litotripsia extracorpórea?
    Pacientes com distúrbios de coagulação têm um risco aumentado de hemorragia durante e após o procedimento, dificuldades na cicatrização e possibilidade de complicações pós-procedimento, como hematomas ou sangramento prolongado.
  5. Por que a infecção urinária ativa é uma contraindicação?
    Realizar a litotripsia em presença de uma infecção urinária ativa pode disseminar a infecção, levando a complicações graves como pielonefrite ou sepse. A infecção deve ser tratada antes do procedimento.
  6. A hipertensão descontrolada pode afetar o procedimento de litotripsia extracorpórea?
    Sim. Pacientes com hipertensão descontrolada devem tratar essa condição antes do procedimento, pois a litotripsia pode provocar picos de pressão arterial, aumentando o risco de complicações cardiovasculares e sangramentos.
  7. Como a obstrução renal influencia o tratamento com litotripsia extracorpórea?
    A presença de obstrução renal impede o fluxo normal da urina, dificultando a eliminação dos fragmentos de cálculos após o procedimento e aumentando o risco de complicações. A obstrução deve ser tratada antes de considerar a litotripsia.

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