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Cálculo renal com infecção urinária: só o antibiótico não vai resolver esse problema

Cálculo renal com infecção urinária: só o antibiótico não vai resolver esse problema

O dilema da infecção urinária recorrente

Pacientes que possuem cálculos renais de grande dimensão frequentemente enfrentam infecções urinárias recorrentes. Mesmo com tratamento antibiótico apropriado, a infecção tende a voltar inúmeras vezes. Neste artigo, vamos explorar por que isso acontece e qual é a solução ideal.

Cálculos renais e infecções

Infecções urinárias, em muitos casos, não se limitam apenas à bexiga. Em situações mais severas, a infecção pode se estender aos rins, resultando em um quadro chamado pielonefrite. Essa condição pode evoluir para uma sepse grave, uma infecção generalizada que pode ser fatal. A questão central é: qual é a ligação entre cálculos renais grandes e infecções urinárias constantes?

A natureza dos cálculos de estruvita

Dentre os diversos tipos de cálculos renais, os cálculos de estruvita são especialmente relevantes quando falamos de infecções. Estes são formados, em grande parte, pela presença de certas bactérias na urina. Além disso, estes cálculos podem alcançar dimensões significativas, sendo também chamados de cálculos renais infecciosos.

A formação dos cálculos infecciosos de estruvita no rim ocorre tipicamente em pacientes com infecções urinárias recorrentes e/ou com algum grau de perturbação da drenagem urinária. As bactérias que causam essas infecções são capazes de transformar a ureia em amônia, o que aumenta o pH da urina e favorece a precipitação de sais de magnésio, amônio e fosfato, que compõem a estruvita. Esses cálculos podem crescer muito e ocupar quase todo o espaço do rim, formando o chamado cálculo coraliforme, que tem um aspecto ramificado. Os sintomas dos cálculos de estruvita podem variar desde ausência de dor até cólica renal intensa, febre, náuseas, vômitos, hematúria e infecção generalizada. O diagnóstico é feito por exames de imagem, como ultrassom ou tomografia computadorizada, e por análise da urina e da cultura bacteriana. O tratamento envolve o uso de antibióticos específicos para erradicar a infecção e a remoção cirúrgica dos cálculos.

Por que os antibióticos não são eficientes?

Apesar dos tratamentos repetidos com antibióticos, a infecção persiste. O motivo? O cálculo renal, repleto de bactérias em sua estrutura, age como um escudo. Quando o antibiótico é administrado, ele somente elimina as bactérias superficiais do cálculo, deixando as bactérias internas intocadas. Este fenômeno ocorre porque o cálculo age como uma barreira, impedindo que o antibiótico alcance e elimine todas as bactérias.

A solução: intervenção cirúrgica

A única maneira efetiva de erradicar a infecção urinária em pacientes com cálculos de estruvita é através da cirurgia para remover o cálculo. Enquanto o cálculo permanecer, continuará a ser uma fonte constante de bactérias, tornando impossível tratar completamente a infecção apenas com medicamentos.

Riscos associados

Para finalizar, é importante frisar que pacientes portadores de cálculos infecciosos correm um risco elevado de desenvolver sepse grave. A não ser que sejam tratados corretamente, a condição pode ser fatal devido à infecção urinária.

Em resumo, a presença de cálculos renais de estruvita requer uma abordagem mais assertiva e, muitas vezes, cirúrgica para garantir a saúde e segurança do paciente.

FAQ (Perguntas e Respostas Frequentes)

  1. O que são cálculos de estruvita e como se formam?

R: Os cálculos de estruvita são formados tipicamente em pacientes com infecções urinárias recorrentes ou com perturbações da drenagem urinária. Bactérias envolvidas nessas infecções transformam a ureia em amônia, elevando o pH da urina. Isso favorece a precipitação de sais de magnésio, amônio e fosfato, os principais componentes da estruvita.

  1. O que é um cálculo coraliforme?

R: Cálculo coraliforme é um tipo de cálculo renal que pode crescer consideravelmente, ocupando quase todo o espaço do rim. Ele possui um aspecto ramificado, semelhante a corais, daí o nome “coraliforme”.

  1. Quais são os sintomas associados aos cálculos de estruvita?

R: Os sintomas podem variar amplamente. Alguns pacientes podem não sentir dor, enquanto outros podem experimentar intensa cólica renal. Outros sintomas incluem febre, náuseas, vômitos, presença de sangue na urina (hematúria) e até infecção generalizada.

  1. Como é feito o diagnóstico dos cálculos de estruvita?

R: O diagnóstico é realizado através de exames de imagem, como ultrassom ou tomografia computadorizada. Análises de urina e cultura bacteriana também são essenciais para confirmar a presença das bactérias causadoras e do próprio cálculo de estruvita.

  1. Qual é o tratamento para cálculos de estruvita?

R: O tratamento envolve o uso de antibióticos específicos para eliminar a infecção bacteriana responsável. Além disso, a remoção cirúrgica dos cálculos é geralmente necessária, dado o tamanho e natureza destes cálculos.

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