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CÁLCULO RENAL: tem remédio para fazer sair por conta?

CÁLCULO RENAL: tem remédio para fazer sair por conta?

Introdução

Neste artigo, vamos abordar um problema de saúde comum, mas que muitas vezes é envolto em dúvidas: os cálculos renais, popularmente conhecidos como “pedras nos rins”. Vamos entender as condições que favorecem a sua formação, os sintomas associados e os tratamentos disponíveis. Continue lendo e esclareça suas dúvidas!

O que é um Cálculo Renal?

Antes de mais nada, vamos entender o que são cálculos renais. Quando falamos de um cálculo que é formado no rim, ele pode descer através do ureter, que é o canal responsável por levar a urina do rim até a bexiga. Isso pode causar desconforto e, em muitos casos, dores intensas que levam o paciente ao hospital.

Como é Feito o Diagnóstico?

Ao chegar no hospital com dor característica, o médico já suspeita da presença de um cálculo no ureter. Para confirmar esse diagnóstico, é realizado um exame chamado urotomografia, uma tomografia computadorizada das vias urinárias. Esse exame é sensível e específico para detectar a presença e a localização do cálculo.

A urotomografia é o melhor exame para avaliar cálculos localizados no ureter porque permite visualizar com precisão a localização, o tamanho e a forma dos cálculos, além de avaliar o grau de obstrução e dilatação do sistema urinário. A urotomografia também pode identificar outras causas de dor ou sangramento urinário, como tumores, infecções ou malformações. A urotomografia consiste em um exame de tomografia computadorizada do abdômen e da pelve, com injeção de contraste na veia. O exame é rápido, indolor e não requer preparo prévio. O contraste permite destacar as estruturas do sistema urinário e facilitar a detecção dos cálculos. A urotomografia é mais sensível e específica do que outros exames de imagem, como a ultrassonografia ou a radiografia simples, para o diagnóstico de cálculos no ureter.

Condições e Localização dos Cálculos no ureter

O ureter é dividido em três segmentos:

  • Segmento proximal: mais próximo do rim.
  • Segmento médio.
  • Segmento distal: mais distante do rim.

Um cálculo localizado no segmento proximal tem um trajeto mais longo até a bexiga, tornando sua expulsão mais desafiadora. Por outro lado, cálculos no segmento distal, mais próximos da bexiga, são expelidos com mais facilidade. Além da localização, o tamanho do cálculo também é crucial. Naturalmente, cálculos maiores têm mais dificuldade para serem expelidos.

Tratamentos Disponíveis

Dependendo da análise do médico, podem ser indicados tratamentos diferentes:

Medicamentos

Há medicamentos específicos que facilitam a expulsão dos cálculos. Dentre eles, destacam-se os alfabloqueadores, sendo a tansulosina o principal representante dessa classe. Esse medicamento é indicado, principalmente, para cálculos localizados no segmento distal do ureter.

A tansulosina é um medicamento que pertence à classe dos alfa-bloqueadores, que são usados para tratar a hiperplasia prostática benigna, uma condição que causa dificuldade para urinar em homens com aumento da próstata. Esse medicamento também pode ajudar na eliminação de cálculos sintomáticos de até 0,7 cm que estão localizados no ureter distal, que é a parte final do tubo que leva a urina dos rins para a bexiga.

A tansulosina atua relaxando os músculos lisos do ureter, o que facilita a passagem do cálculo e reduz a dor e o tempo de eliminação. Alguns estudos mostraram que a tansulosina é mais eficaz para cálculos entre 5 e 10 mm de diâmetro, e que não tem benefício para cálculos menores que 4 mm ou maiores que 10 mm. A tansulosina também pode ter mais efeito em cálculos localizados na porção inferior do ureter distal, perto da bexiga.

A tansulosina deve ser usada sob orientação médica, pois pode causar efeitos colaterais como hipotensão, tontura, dor de cabeça, ejaculação retrógrada e reações alérgicas. A dose usual é de 0,4 mg por dia, por via oral, após uma refeição. O tratamento deve ser iniciado assim que o cálculo for diagnosticado e mantido até a eliminação do mesmo ou até um máximo de quatro semanas.

Cirurgia

Se, após algumas semanas, mesmo com o tratamento medicamentoso, o cálculo não for expelido, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica.

A cirurgia para o tratamento de cálculos localizados no ureter é indicada em casos de obstrução do fluxo urinário, infecção, dor intensa ou insuficiência renal. Existem diferentes tipos de cirurgia, dependendo do tamanho, da localização e da composição dos cálculos. A escolha do método cirúrgico depende da avaliação médica e da disponibilidade de recursos. Os principais tipos de cirurgia são:

– Ureterorrenolitotripsia transureteroscópica: consiste na introdução de um endoscópio pelo canal da uretra até o ureter, onde o cálculo é fragmentado por laser ou retirado por pinça. É um procedimento minimamente invasivo, que não requer cortes na pele e tem alta taxa de sucesso.

– Litotripsia extracorpórea por ondas de choque (LEOC): consiste na aplicação de ondas sonoras de alta energia sobre o cálculo, que se fragmenta em pedaços menores que podem ser eliminados pela urina. É um procedimento não invasivo, mas que pode causar dor, hematomas e infecção. Nem todos os tipos de cálculos são sensíveis a esse método. Funciona melhor em cálculos localizados na parte proximal do ureter (mais perto dor rim).

Conclusão

Tratar cálculos renais pode ser simples se identificados e tratados a tempo. Se você sentir dores intensas na região dos rins, procure auxílio médico e siga as recomendações. A prevenção e o tratamento adequado são fundamentais para garantir sua saúde e bem-estar.

FAQ (Perguntas e Respostas Frequentes)

  1. O que é um cálculo renal?
    • Cálculos renais, popularmente conhecidos como “pedras nos rins”, são formações sólidas que podem ocorrer nos rins. Quando formados, eles podem descer pelo ureter, o canal que leva a urina do rim até a bexiga, causando desconforto e, muitas vezes, dores intensas.
  1. Como é feito o diagnóstico de cálculos renais?
    • Ao sentir uma dor característica e procurar o hospital, o médico pode suspeitar da presença de um cálculo no ureter. Para confirmar, é realizado um exame chamado urotomografia, que é uma tomografia computadorizada das vias urinárias. Esse exame é sensível e específico para detectar a presença e localização do cálculo.
  1. Por que a urotomografia é considerada um bom exame para avaliar cálculos no ureter?
    • A urotomografia permite visualizar com precisão a localização, tamanho e forma dos cálculos. Também avalia o grau de obstrução e dilatação do sistema urinário e pode identificar outras causas de sintomas, como tumores e infecções.
  1. Como os cálculos renais são localizados no ureter?
    • O ureter é dividido em três segmentos: proximal (mais próximo do rim), médio e distal (mais distante do rim). A localização e o tamanho do cálculo influenciam na sua expulsão. Cálculos no segmento distal são geralmente expelidos com mais facilidade do que aqueles no segmento proximal.
  1. Quais são os tratamentos disponíveis para cálculos renais?
    • Dependendo da análise médica, podem ser indicados medicamentos, como a tansulosina, que facilita a expulsão dos cálculos. Se o cálculo não for expelido após algumas semanas com tratamento medicamentoso, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica, como a ureterorrenolitotripsia transureteroscópica ou a litotripsia extracorpórea por ondas de choque.
  1. O que é a tansulosina e como ela ajuda no tratamento de cálculos renais?
    • A tansulosina é um medicamento da classe dos alfa-bloqueadores. Ela atua relaxando os músculos lisos do ureter, facilitando a passagem do cálculo e reduzindo a dor e o tempo de eliminação. É indicada principalmente para cálculos sintomáticos de até 0,7 cm no ureter distal.

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