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Disfunção Erétil em Jovens: Um Problema mais comum do que você imagina

Introdução

A disfunção erétil em pacientes jovens é um problema mais comum do que se imagina, causando desconforto e preocupação naqueles afetados. Neste texto, discutiremos de maneira detalhada e acessível, a disfunção erétil em jovens, suas causas, consequências e possíveis tratamentos.

A Realidade da Disfunção Erétil em Jovens

Estudos indicam que a disfunção erétil em jovens está se tornando cada vez mais comum. Em média, 8% dos pacientes entre 20 e 29 anos, e 11% dos pacientes entre 30 e 39 anos reportam problemas de ereção. Isso demonstra que o problema não está restrito a homens mais velhos, sendo também relevante para a população mais jovem.

Compreendendo a Disfunção Erétil

É um erro acreditar que um jovem saudável não possa ter problemas de ereção. Frequentemente, a disfunção erétil é automaticamente associada a questões emocionais ou problemas de relacionamento, mas há muitos outros fatores que podem influenciar.

A disfunção erétil pode ser um indicativo de problemas de saúde que precisam ser tratados. Ignorar a questão pode levar a eventos prejudiciais à saúde no futuro. Portanto, é importante não negligenciar esses sintomas. Essa condição pode ser uma oportunidade para mudar hábitos de vida, melhorando a qualidade geral da saúde e, consequentemente, a qualidade da ereção.

As Causas da Disfunção Erétil em Jovens

Podemos classificar as causas da disfunção erétil em três categorias principais: problemas cardiovasculares e endócrinos, problemas emocionais e questões psíquicas.

Problemas Cardiovasculares e Endócrinos

A nossa saúde vascular depende de vários fatores, como níveis de triglicerídeos e colesterol, circunferência abdominal, níveis pressóricos e glicemia. Alterações nesses fatores podem prejudicar a circulação, possivelmente resultando em problemas de ereção. Com o tempo, isso pode levar a problemas de saúde mais graves, como infarto e acidentes vasculares isquêmicos.

A síndrome metabólica é um conjunto de fatores de risco que aumentam a chance de desenvolver doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2. Os critérios para o diagnóstico de síndrome metabólica são baseados em medidas antropométricas, bioquímicas e clínicas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os critérios são:

– Nível de açúcar no sangue em jejum igual a 100 mg/dl (miligramas por decilitro) ou maior ou diagnóstico prévio de diabetes tipo 2;

– Pressão arterial igual a 130/85 mm Hg (milímetros de mercúrio) ou maiorou uso de medicamentos anti-hipertensivos;

– Triglicerídeos maior ou igual a 150 mg/dL ou uso de medicamentos para reduzir os lipídios;

– Nível de lipoproteína de alta densidade (HDL – colesterol bom) de 40 mg/dl ou menos nos homens ou 50 mg/dl ou menos nas mulheres

– Quando a circunferência abdominal for igual ou superior a 102 centímetros em homens ou igual ou superior a 88 centímetros em mulheres (o que indica um excesso de gordura abdominal)

A circunferência abdominal deve ser medida em todas as pessoas porque mesmo aquelas sem sobrepeso ou que parecem magras podem armazenar excesso de gordura abdominal. Quanto maior a circunferência abdominal, maior o risco de síndrome metabólica e suas complicações. O tipo de circunferência abdominal que aumenta o risco de haver complicações devido à obesidade varia de acordo com a etnia e o sexo.

Para o diagnóstico de síndrome metabólica, é necessário ter pelo menos três desses critérios. A síndrome metabólica está associada a um maior risco de eventos cardiovasculares, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral, e também a uma maior prevalência de disfunção erétil em homens. A disfunção erétil é a incapacidade persistente de obter ou manter uma ereção suficiente para uma relação sexual satisfatória. Ela pode ser causada por diversos fatores, mas a síndrome metabólica pode contribuir para o seu desenvolvimento por meio de mecanismos como:

– Resistência à insulina, que leva a um aumento dos níveis de glicose no sangue e pode causar danos aos vasos sanguíneos e aos nervos responsáveis pela ereção;

– Dislipidemia, que altera o perfil dos lipídios no sangue e favorece a formação de placas de gordura nas artérias, comprometendo o fluxo sanguíneo para o pênis;

– Hipertensão arterial, que aumenta a pressão nas paredes das artérias e dificulta a dilatação dos vasos necessária para a ereção;

– Obesidade, que pode provocar alterações hormonais e inflamatórias que interferem na função erétil.

Portanto, o diagnóstico de síndrome metabólica tem um peso importante na saúde cardiovascular e na qualidade de vida sexual dos homens. O tratamento da síndrome metabólica envolve mudanças no estilo de vida, como alimentação saudável, atividade física regular, cessação do tabagismo e controle do estresse, e também o uso de medicamentos específicos para cada fator de risco.

A disfunção erétil pode ser um sinal precoce desses problemas de saúde. Isso acontece porque a artéria que leva o sangue até o pênis é de calibre pequeno, e se está comprometida, pode sugerir que os vasos maiores, que nutrem o coração e o cérebro, também possam estar em risco.

Problemas Endócrinos

Alterações endócrinas também podem causar disfunção erétil. Problemas com a glândula adrenal, o uso de corticoides para tratamento de doenças como a asma, problemas de tireoide e níveis baixos de testosterona, especialmente em homens jovens com aumento significativo de peso ou obesidade, são fatores que podem contribuir para a disfunção erétil.

Problemas Emocionais e Psíquicos

A depressão e a ansiedade são condições que podem afetar significativamente a função erétil. A depressão pode causar perda de interesse sexual, enquanto a ansiedade, especialmente relacionada ao desempenho sexual, pode criar um ciclo vicioso que prejudica a qualidade das relações sexuais.

Além disso, o uso de certos medicamentos, como benzodiazepínicos (alprazolam, midazolam, Diazepam), inibidores seletivos da recaptação de serotonina (sertralina, escitalopram, fluoxetina) e carbonatos de lítio (usados para distúrbios bipolares)  podem contribuir para a disfunção erétil.

Problemas de Relacionamento

Problemas de relacionamento também podem afetar a função erétil. Se a relação com a parceira não é boa, é provável que isso se reflita na qualidade da ereção. A terapia cognitiva de casais, combinada com o uso de medicamentos para ereção, tem mostrado melhorias na satisfação sexual e na qualidade do relacionamento.

Conclusão

Em suma, a disfunção erétil em jovens pode ser causada por uma série de fatores, incluindo distúrbios metabólicos e vasculares, problemas endócrinos, questões psíquicas e psiquiátricas, e problemas de relacionamento. O reconhecimento e o tratamento precoces dessas condições podem melhorar significativamente a saúde geral e a qualidade de vida dos pacientes jovens.

FAQ (Perguntas e respostas frequentes)

1. O que é considerado um paciente jovem com disfunção erétil?

Os pacientes considerados jovens com disfunção erétil são aqueles que têm menos de 40 anos de idade e são considerados saudáveis.

2. Quantos jovens sofrem de disfunção erétil?

Cerca de 8% dos pacientes com problemas de ereção têm entre 20 e 29 anos, e 11% têm entre 30 e 39 anos. Isso mostra que o problema não é limitado a homens mais velhos.

3. Por que alguém tão jovem pode ter problemas de ereção?

A disfunção erétil em jovens pode ser devido a uma variedade de fatores, incluindo problemas cardiovasculares e endócrinos, problemas emocionais e problemas psíquicos. Em muitos casos, o problema pode ser negligenciado por profissionais de saúde, o que pode levar a problemas de saúde mais graves no futuro.

4. Quais são as principais causas de disfunção erétil em jovens?

As principais causas de disfunção erétil em jovens podem ser divididas em três categorias: problemas cardiovasculares e endócrinos, problemas emocionais e problemas psíquicos. O comprometimento dos vasos sanguíneos pode levar à disfunção erétil, assim como problemas com a glândula adrenal, uso de corticoides, problemas de tireoide e níveis baixos de testosterona.

5. A depressão e a ansiedade podem causar disfunção erétil?

Sim, tanto a depressão como a ansiedade podem contribuir para a disfunção erétil. A depressão pode levar à perda de interesse sexual, enquanto a ansiedade, especialmente em relação ao desempenho sexual, pode criar um ciclo vicioso que prejudica a qualidade das relações sexuais.

6. Como os problemas de relacionamento podem afetar a função erétil?

Se a relação com o parceiro não for boa, é provável que isso afete a qualidade da ereção. A terapia cognitiva para casais, combinada com o uso de medicamentos para ereção, tem mostrado melhorias na satisfação sexual e na qualidade do relacionamento.

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