Skip to content

Dificuldades para engravidar: o problema pode estar com seu parceiro

Dificuldades para engravidar: o problema pode estar com seu parceiro

Hoje, vamos abordar um tema que aflige muitos casais e é motivo frequente de consultas médicas: a dificuldade de obter uma gestação. Essa dificuldade pode envolver três fatores: o homem, a mulher ou a conjugação dos dois. O fator masculino é responsável pela dificuldade em até 30% dos casos, o fator conjugado por 20% dos casos, enquanto o fator feminino é responsável por 30 a 35% dessa dificuldade. Além disso, existem as chamadas causas idiopáticas, nas quais não se consegue estabelecer com certeza quem está sendo responsável por essa dificuldade.

Como identificar a infertilidade

Para caracterizarmos a infertilidade, é necessário perguntar ao casal se eles estão mantendo relações sexuais com frequência de duas a três vezes por semana pelo período de um ano. Antes desse tempo, não é possível definir se o paciente está passando por uma infertilidade ou uma dificuldade de gestação.

Esperança: estatísticas de sucesso na gravidez

É importante manter a esperança, pois às vezes, a situação pode se resolver com o tempo. De cada 100 mulheres que estão tentando engravidar no primeiro ano, 83 conseguem ter uma gestação. A partir do segundo ano, 92 dessas mulheres conseguem ter a gestação e, a partir do terceiro ano, 93 dessas mulheres vão conseguir ter uma gestação espontânea. No entanto, se a partir desse terceiro ano não ocorrer uma gestação natural, as chances de uma gravidez espontânea caem para 25%, fazendo com que o casal tenha que procurar ajuda médica para alcançar essa gestação tão desejada.

Tipos de infertilidade

A infertilidade é caracterizada como primária ou secundária. A infertilidade primária ocorre quando o casal nunca conseguiu ter um filho. Já na infertilidade secundária, já houve gravidez ou aborto em um dos dois parceiros.

Consulta com o urologista

Na maior parte das vezes, o homem chega ao consultório do urologista trazido pela esposa ou parceira, já que muitos ainda têm resistência em procurar ajuda médica para essa questão. O urologista, então, busca identificar a causa da dificuldade, seja ela hormonal, anatômica, genética ou até mesmo psicológica.

Histórico clínico e fatores de risco

Na consulta, o médico avaliará o histórico clínico do paciente e possíveis fatores de risco, como idade avançada, tabagismo, consumo excessivo de álcool, uso de drogas, doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, e histórico de doenças sexualmente transmissíveis.

Exame físico

O exame físico também é fundamental para identificar problemas que podem estar interferindo na fertilidade masculina. Nessa etapa, o médico avalia características como o tamanho dos testículos e a presença de varicoceles, que são veias dilatadas nos testículos e podem afetar a produção de espermatozoides.

Investigação e diagnóstico

A investigação da infertilidade masculina envolve uma série de exames, como:

  1. Espermograma: é um exame que avalia a quantidade, motilidade e morfologia dos espermatozoides. Alterações nesses parâmetros podem ser indicativas de problemas na fertilidade masculina.
  2. Dosagem hormonal: a análise dos níveis hormonais, como testosterona, FSH (hormônio folículo-estimulante) e LH (hormônio luteinizante), pode ajudar a identificar disfunções endocrinológicas que afetem a produção de espermatozoides.
  3. Causas genéticas: algumas alterações genéticas podem levar à infertilidade masculina, como a síndrome de Klinefelter, a microdeleção do cromossomo Y e a fibrose cística.

Medidas gerais para melhorar a qualidade e quantidade dos espermatozoides

Existem algumas medidas que podem ajudar a melhorar a qualidade e quantidade dos espermatozoides, como manter uma alimentação equilibrada, praticar atividades físicas, evitar o consumo de álcool e cigarro, evitar o estresse e manter um peso adequado.

Conclusão

A dificuldade para engravidar é uma preocupação para muitos casais, e o fator masculino é responsável por uma parcela significativa desses casos. Por isso, é importante que o homem esteja disposto a procurar ajuda médica e investigar as causas da infertilidade. A colaboração entre o casal e o acompanhamento médico adequado são fundamentais para o sucesso no tratamento e a realização do sonho de ter um filho.

FAQ (Perguntas e respostas frequentes)

  1. A infertilidade masculina tem cura? A depender da causa da infertilidade, é possível tratá-la com medicamentos, cirurgias ou técnicas de reprodução assistida.
  2. O estresse pode causar infertilidade? O estresse pode afetar a qualidade dos espermatozoides e, consequentemente, a fertilidade do homem.
  3. A vasectomia é reversível? A vasectomia pode ser revertida em muitos casos, mas a taxa de sucesso na reversão varia e depende de diversos fatores, como o tempo desde a cirurgia, a idade do homem e a técnica utilizada na reversão. É importante lembrar que a reversão da vasectomia não garante a recuperação total da fertilidade.
  4. Existe relação entre a infertilidade masculina e problemas de ereção? Embora problemas de ereção possam dificultar a concepção, eles não estão diretamente relacionados à infertilidade masculina. No entanto, ambos podem ter causas em comum, como problemas hormonais ou doenças crônicas.
  5. O uso de celulares e computadores pode afetar a fertilidade masculina? Alguns estudos sugerem que a exposição à radiação eletromagnética emitida por celulares e computadores pode ter efeitos negativos na qualidade dos espermatozoides. No entanto, essa relação ainda não é conclusiva e é necessário mais pesquisa para comprovar essa hipótese.
  6. Quanto tempo um casal deve tentar engravidar antes de procurar ajuda médica? Em geral, recomenda-se que casais com menos de 35 anos tentem engravidar por pelo menos um ano antes de procurar ajuda médica. Casais com mais de 35 anos ou com histórico de problemas de saúde que possam afetar a fertilidade devem procurar ajuda após seis meses de tentativas.

É importante ressaltar que a infertilidade não é uma condição definitiva, e muitos casais conseguem engravidar após tratamentos ou mesmo espontaneamente. O acompanhamento médico é fundamental para identificar as causas da infertilidade e definir o melhor tratamento para cada caso. A comunicação aberta e o apoio emocional entre o casal também são importantes para enfrentar essa situação juntos e aumentar as chances de sucesso no tratamento.

 

This Post Has 0 Comments

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *