Skip to content

Biópsia de Próstata: O que Precisamos Saber Sobre as Possíveis Complicações

Biópsia de Próstata: O que Precisamos Saber Sobre as Possíveis Complicações

Introdução

A biópsia de próstata é um procedimento fundamental para diagnosticar o câncer de próstata. Neste procedimento, um pequeno fragmento da próstata é removido e examinado por um patologista para verificar a presença de células cancerígenas. Entretanto, assim como qualquer outro procedimento médico, a biópsia de próstata pode ter algumas complicações. Entenda melhor a seguir.

O Processo da Biópsia de Próstata

A biópsia de próstata é geralmente realizada inserindo-se um ultrassom na região anal até o reto da pessoa. O médico visualiza a próstata e dispara uma agulha afiada que retorna à sua posição original removendo um pequeno fragmento dessa próstata. Geralmente são realizados entre 21 a 28 disparos nessa região da próstata sempre com a mesma agulha.

Complicações Comuns

A complicação mais comum após a biópsia de próstata é a hematúria, que é a presença de sangue na urina. Isso ocorre porque a uretra passa pelo meio da próstata e a agulha usada na biópsia pode machucar a uretra, causando sangramento.

A hematúria pós-biópsia prostática geralmente é autolimitada e resolve-se espontaneamente em alguns dias, sem necessidade de intervenção médica. No entanto, em alguns casos, a hematúria pode ser persistente, intensa ou associada a outros sintomas, como dor, febre, infecção urinária ou obstrução do fluxo urinário por coáoguos. Nesses casos, é recomendado procurar atendimento médico para avaliar a necessidade de tratamento específico, que pode incluir antibióticos, anti-inflamatórios, analgésicos ou até mesmo procedimentos cirúrgicos para retirada de coágulos e revisão de possíveis locais de sangramento.

A hematospermia é a presença de sangue no sêmen, que pode ocorrer após uma biópsia prostática. Essa alteração é normal e não representa um risco para a saúde do paciente ou de sua parceira sexual. A hematospermia costuma desaparecer em até quatro semanas após o procedimento, mas pode variar de acordo com a frequência da ejaculação e da quantidade de sangue coletada na biópsia. Não há necessidade de tratamento específico para a hematospermia, apenas recomenda-se evitar relações sexuais nos primeiros dias após a biópsia e usar preservativo nas relações posteriores até que o sêmen volte à sua cor normal.

Outra complicação comum é o sangramento retal ou hematoquezia. Hematoquezia é o termo médico para a presença de sangue vermelho vivo nas fezes. A biópsia prostática pode causar lesões nos vasos sanguíneos da próstata ou do reto, resultando em hematoquezia. Geralmente, a hematoquezia é leve e autolimitada, ou seja, desaparece espontaneamente sem necessidade de tratamento específico. A duração da hematoquezia varia de acordo com cada caso, mas em média leva de 3 a 7 dias para cessar completamente.Isso acontece porque o aparelho usado na biópsia é inserido na região retal, que pode ficar um pouco machucada e sangrar.

Complicações Severas

Embora raras, podem ocorrer complicações mais severas como a retenção urinária e infecção urinária ou prostatite.

A retenção urinária pode ser causada por um inchaço e inflamação da próstata após a biópsia, impedindo a passagem da urina.

É uma condição em que a pessoa não consegue esvaziar completamente a bexiga, podendo causar dor e desconforto. A biópsia prostática pode provocar inchaço, inflamação ou sangramento na próstata, dificultando a passagem da urina pelo canal da uretra. Essa situação costuma ser temporária e se resolver em alguns dias, mas pode exigir tratamento médico em casos mais graves.

 

O tratamento da retenção urinária após uma biópsia prostática depende da gravidade e da duração dos sintomas. Em alguns casos, basta beber bastante líquido, evitar bebidas alcoólicas ou com cafeína, fazer massagem na região abdominal e aplicar calor local para aliviar o desconforto e estimular a micção. Em outros casos, pode ser necessário o uso de medicamentos anti-inflamatórios, analgésicos ou alfa-bloqueadores, que relaxam os músculos da próstata e facilitam o fluxo urinário. Em situações mais críticas, pode ser preciso recorrer à sondagem vesical, que consiste na introdução de um tubo fino e flexível pela uretra até a bexiga, permitindo a drenagem da urina retida.

A retenção urinária após uma biópsia prostática é uma complicação que pode ser prevenida com algumas medidas simples tais como como evitar esforços físicos excessivos e repouso nos primeiro dias após o procedimento. Caso os sintomas persistam ou se agravem, é importante procurar atendimento médico.

A infecção urinária ou prostatite é uma inflamação causada por bactérias que atingem o trato urinário ou a próstata, respectivamente. Essas bactérias podem ser introduzidas durante a biópsia prostática, principalmente se não houver uma boa assepsia do local ou se o paciente tiver alguma condição que favoreça a infecção, como diabetes, imunidade baixa ou uso de cateter urinário.

Os sintomas da infecção urinária ou prostatite podem incluir dor ou ardor ao urinar, urgência ou dificuldade para esvaziar a bexiga, febre, calafrios, mal-estar, dor na região lombar ou pélvica, entre outros. Esses sintomas podem surgir logo após a biópsia ou até algumas semanas depois.

O tratamento da infecção urinária ou prostatite depende da gravidade do quadro e do tipo de bactéria envolvida. Geralmente, é feito com antibióticos por via oral ou intravenosa, por um período que pode variar de 7 a 21 dias. Também é importante manter uma boa hidratação, evitar bebidas alcoólicas ou irritantes para a bexiga e usar analgésicos ou anti-inflamatórios para aliviar os sintomas. A infecção urinária ou prostatite pode ocorrer quando bactérias presentes na região retal são transportadas para a próstata pela agulha da biópsia.

Prevenção e Manejo de Complicações

Como todo procedimento invasivo, a biópsia prostática pode trazer alguns riscos e complicações, como sangramento, infecção, dor, retenção urinária e disfunção erétil. Por isso, é importante tomar algumas medidas preventivas antes e depois do exame, como:

– Fazer uso de antibióticos prescritos pelo médico para evitar infecções bacterianas na próstata, na bexiga ou na corrente sanguínea. O uso dos antibióticos deve começar um ou dois dias antes da biópsia e continuar por alguns dias após o procedimento.

– Suspender o uso de medicamentos que possam interferir na coagulação do sangue, como aspirina, anti-inflamatórios, anticoagulantes e antiplaquetários. Esses medicamentos devem ser interrompidos cerca de uma semana antes da biópsia e só devem ser retomados com orientação médica.

– Beber bastante líquido após a biópsia para eliminar possíveis coágulos de sangue na urina e facilitar a cicatrização da próstata.

– Evitar atividades físicas intensas, relações sexuais vigorosas por pelo menos 1 semana após o procedimento

Seguindo essas recomendações, é possível prevenir as complicações decorrentes de uma biópsia prostática e garantir um resultado confiável e seguro do exame.

A anestesia com sedativos e controle da dor na presença de um médico anestesista é recomendada para aliviar a dor e a ansiedade durante o procedimento.

O manejo cuidadoso dessas complicações é crucial para evitar maiores problemas de saúde. Casos mais severos de complicações devem ser prontamente avaliados e tratados, e o acompanhamento pelo urologista é necessário para pacientes com complicações maiores.

Conclusão

Embora a biópsia de próstata seja um procedimento essencial para o diagnóstico do câncer de próstata, ela não está isenta de possíveis complicações. O conhecimento sobre estas possíveis complicações e como manejá-las pode ajudar a garantir que o paciente receba o melhor cuidado possível.

FAQ (Perguntas e Respostas Frequentes)

  1. Como é realizada a biópsia de próstata?

A biópsia de próstata é realizada inserindo-se um ultrassom na região anal até o reto da pessoa. O médico visualiza a próstata e dispara uma agulha afiada que retorna à sua posição original removendo um pequeno fragmento dessa próstata. Geralmente são realizados entre 21 a 28 disparos nessa região da próstata sempre com a mesma agulha.

  1. Quais são as complicações comuns após a biópsia de próstata?

As complicações mais comuns após a biópsia de próstata são a hematúria (presença de sangue na urina), hematospermia (presença de sangue no sêmen) e hematoquezia (sangramento retal).

  1. Quais são as complicações mais severas após a biópsia de próstata?

Embora raras, podem ocorrer complicações mais severas como a retenção urinária e infecção urinária ou prostatite.

  1. O que causa a retenção urinária após a biópsia de próstata?

A retenção urinária pode ser causada por um inchaço e inflamação da próstata após a biópsia, impedindo a passagem da urina.

  1. Como é o tratamento da infecção urinária ou prostatite após a biópsia de próstata?

O tratamento da infecção urinária ou prostatite depende da gravidade do quadro e do tipo de bactéria envolvida. Geralmente, é feito com antibióticos por via oral ou intravenosa, por um período que pode variar de 7 a 21 dias.

  1. Que medidas preventivas posso tomar antes e depois de uma biópsia de próstata?

É importante fazer uso de antibióticos prescritos pelo médico, suspender o uso de medicamentos que possam interferir na coagulação do sangue, beber bastante líquido após a biópsia, e evitar atividades físicas intensas e relações sexuais vigorosas por pelo menos 1 semana após o procedimento. Essas medidas podem ajudar a prevenir complicações após a biópsia.

Comentem e compartilhem!!!

This Post Has 5 Comments

  1. Enjoos, vômitos e tonturas são considerados normais após biópsia de próstata? Meu esposo teve muita febre, calafrios e sangramento ao urinar no dia seguinte ao procedimento. Mas agora surgiram esses novos sintomas. É normal?

    1. Não é normal e pode ser início de um quadro de prostatite após esse tratamento. Sugiro conversar com o profissional que realizou essa biópsia para tratamento e exames complementares. Forte abraço e fique com Deus.

  2. Fiz recentemente uma biópsia de próstata e além dos sintomas normais após o procedimento, senti muita falta de ar seguido de febre, calafrios e ardência com um pouco de sangue ao urinar. Devo me preocupar?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *