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CANCRO MOLE: saiba mais sobre essa doença sexualmente trasmissível

CANCRO MOLE: saiba mais sobre essa doença sexualmente trasmissível

Introdução

Ao abordarmos as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), discutiremos uma condição particularmente prevalente, embora menos conhecida, conhecida como Cancro Mole. Atingindo principalmente regiões como a África, o Oriente Médio e a América do Sul, esta doença é causada pela bactéria Haemophilus ducreyi e sua transmissão ocorre exclusivamente por meio do contato sexual.

A Bactéria Haemophilus ducreyi

O agente causador do Cancro Mole, a Haemophilus ducreyi, é uma bactéria Gram-negativa que habita intracelularmente. Sua infecção provoca a formação de úlceras genitais que, embora possam ser extremamente desconfortáveis e desconcertantes, geralmente não provocam danos graves, pois tendem a se limitar à pele e às mucosas.

Haemophilus ducreyi é uma bactéria cocobacilar gram-negativa que causa uma doença sexualmente transmissível chamada cancro mole, cancro mole ou doença de Ducrey . Essa doença se caracteriza pelo surgimento de lesões ulcerativas localizadas nos níveis perigenital e perianal. A doença tem distribuição mundial e é mais frequente no Caribe, África e Ásia.

É um microrganismo anaeróbio facultativo, catalase negativa e oxidase positiva. Ele precisa de hemina exógena para se desenvolver (Fator X). Ele não produz toxinas e não confere imunidade, podendo causar a doença várias vezes. Ele possui vários fatores de virulência que contribuem para sua adesão ao tecido, efeito antifagocítico e proteção contra o sistema imune.

Transmissão e Sintomas

Como mencionado, a transmissão do Cancro Mole ocorre estritamente por meio de contato sexual. Portanto, um indivíduo que tenha tido relações sexuais desprotegidas e apresente sintomas dentro de um período de incubação variável, normalmente de quatro a sete dias (raramente menos de três dias ou mais de dez), deve estar ciente desta possível DST.

Os sintomas inicialmente manifestam-se como uma pequena ferida no órgão genital. Esta ferida aumenta gradualmente de tamanho e se torna cada vez mais vermelha, evoluindo para uma úlcera. A úlcera tem um fundo sujo, necrótico, com secreção amarelada e um forte odor característico.

Com a progressão da doença, outras lesões podem aparecer ao redor da úlcera original devido à autoinoculação. Esta tendência a formar múltiplas úlceras é referida como “lesões em espelho”. Em cerca de 50% dos casos, pode haver também o aparecimento de ínguas (caroços na virilha), que, no entanto, raramente fistulizam ou abrem.

Diagnóstico

O diagnóstico do Cancro Mole é um procedimento que visa identificar a presença da bactéria Haemophilus ducreyi, causadora dessa infecção sexualmente transmissível (IST), nas feridas genitais ou anais dos pacientes. O diagnóstico consiste em coletar uma amostra da secreção purulenta das úlceras e examiná-la ao microscópio, buscando evidências da bactéria. Esse método é simples, rápido e barato, mas tem baixa sensibilidade e especificidade, podendo apresentar resultados falso-negativos ou falso-positivos.

O diagnóstico laboratorial do Cancro Mole pode ser feito através de coleta de material da úlcera para cultura ou pesquisa do H. ducreyi por PCR (Polymerase chain reaction). Ambos os métodos, porém, não são simples e não costumam estar disponíveis na maioria dos laboratórios. Por isso, o dia gnóstico ainda é utilizado em muitos casos, principalmente em regiões mais pobres, onde a doença é mais prevalente.

O diagnóstico diferencial do Cancro Mole deve ser feito com outras IST que cursam com úlceras genitais, nomeadamente: Herpes genital, Sífilis, Linfogranuloma venéreo e Donovanose. Cada uma dessas doenças apresenta características clínicas e laboratoriais distintas que podem auxiliar na diferenciação.

Se o médico suspeitar de Cancro Mole, o diagnóstico pode ser realizado de várias maneiras. Tradicionalmente, a secreção purulenta da base da úlcera é coletada e cultivada para verificar a presença da bactéria Haemophilus ducreyi. Alternativamente, a bactéria pode ser visualizada diretamente ao microscópio.

Atualmente, o método diagnóstico mais preciso é a Reação em Cadeia da Polimerase (PCR). Embora este seja um exame mais caro, é o padrão ouro para o diagnóstico do Cancro Mole, pois permite a identificação rápida e precisa da presença da bactéria.

Tratamento

O tratamento do Cancro Mole consiste na administração de antibióticos específicos para eliminar a bactéria causadora da doença, a Haemophilus ducreyi. O tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível após o diagnóstico, para evitar complicações como a disseminação da infecção para outras partes do corpo ou a transmissão para outras pessoas. O tratamento também visa aliviar os sintomas, como a dor, o inchaço e a secreção das lesões. Os antibióticos mais usados são a azitromicina, a ceftriaxona, a eritromicina e a ciprofloxacina. O tratamento deve ser feito por pelo menos sete dias, ou até que as lesões cicatrizem completamente. Além disso, é importante que o paciente evite relações sexuais durante o tratamento e que informe seus parceiros sexuais sobre a doença, para que eles também possam ser tratados e prevenir novas infecções. O Cancro Mole é uma doença sexualmente transmissível que pode ser prevenida com o uso de preservativos e a higiene íntima adequada.

Felizmente, o tratamento do Cancro Mole é simples e eficaz. Pode ser realizado com antibióticos, administrados em dose única ou em um esquema de vários dias, dependendo das preferências do médico e do paciente.

Conclusão

Para os pacientes, é fundamental lembrar que qualquer ferida na região genital deve ser considerada uma possível DST até que se prove o contrário. Se surgirem tais sintomas, consulte um urologista para avaliação. A consciência e a ação precoce são fundamentais para o manejo eficaz e a prevenção de complicações de todas as DSTs, incluindo o Cancro Mole.

FAQ (Perguntas e Respostas Frequentes)

  1. O que é o Cancro Mole?

R: O Cancro Mole é uma doença sexualmente transmissível (DST) causada pela bactéria Haemophilus ducreyi. Manifesta-se principalmente através de úlceras genitais desconfortáveis e é prevalente em regiões como a África, o Oriente Médio e a América do Sul.

  1. Como o Cancro Mole é transmitido?

R: A transmissão do Cancro Mole ocorre exclusivamente por meio do contato sexual. Isso significa que um indivíduo pode se infectar ao ter relações sexuais desprotegidas com uma pessoa que já tem a doença.

  1. Quais são os sintomas do Cancro Mole?

R: Os sintomas do Cancro Mole normalmente começam com uma pequena ferida no órgão genital, que cresce e se torna uma úlcera. A úlcera é frequentemente vermelha, com um fundo sujo e necrótico e uma secreção amarelada. À medida que a doença progride, podem aparecer lesões adicionais ao redor da úlcera original.

  1. Como é feito o diagnóstico do Cancro Mole?

R: O diagnóstico do Cancro Mole é feito através da coleta e exame da secreção purulenta das úlceras. A bactéria Haemophilus ducreyi pode ser visualizada diretamente ao microscópio ou cultivada em laboratório. Atualmente, a Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) é o método diagnóstico mais preciso, embora seja mais caro.

  1. Qual é o tratamento para o Cancro Mole?

R: O tratamento do Cancro Mole é realizado com antibióticos, que podem ser administrados em dose única ou em um esquema de vários dias. Isso é eficaz para eliminar a bactéria e curar as úlceras genitais.

  1. Como posso prevenir o Cancro Mole?

R: Como o Cancro Mole é uma DST, a principal maneira de preveni-la é através do uso de preservativos durante o sexo. Lembre-se de que qualquer ferida na região genital deve ser considerada uma possível DST até que se prove o contrário. Se surgirem tais sintomas, consulte um médico para avaliação.

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