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LIBIDO MASCULINA: não é só a falta de testosterona que tira o desejo sexual do homem

LIBIDO MASCULINA: não é só a falta de testosterona que tira o desejo sexual do homem

Introdução

O entendimento popular sobre a libido masculina, muitas vezes, fica restrito ao papel da testosterona. No entanto, a realidade é muito mais complexa. Este artigo procura ampliar essa visão, explorando a complexa rede de fatores que influenciam a libido masculina, indo além da testosterona.

A Testosterona e a Libido Masculina

A testosterona é, sem dúvida, um dos principais hormônios responsáveis pela ativação da libido masculina. Uma diminuição nos níveis de testosterona, que pode ocorrer devido a envelhecimento, uso de determinados medicamentos, ou outros fatores, pode levar a uma redução na libido. No entanto, embora a testosterona desempenhe um papel central, a libido é influenciada por uma série de outros fatores.

A Saúde Metabólica e a Libido Masculina

Um aspecto frequentemente negligenciado da libido masculina é a importância da saúde metabólica geral. Níveis elevados de pressão arterial, uma circunferência abdominal maior e níveis elevados de triglicerídeos podem ter um impacto significativo na libido masculina. O mesmo acontece com níveis alterados de glicose no sangue, que podem indicar a presença de diabetes em estágio inicial. A saúde metabólica é um fator importante para a libido do homem, pois envolve o equilíbrio dos hormônios, dos nutrientes e do funcionamento dos órgãos. Quando a saúde metabólica está comprometida, pode haver alterações na produção de testosterona, o principal hormônio masculino, que regula o desejo sexual, a potência e a performance. Esses problemas metabólicos podem afetar a circulação sanguínea e a irrigação do pênis, dificultando a ereção e a manutenção da mesma.

Outros fatores que podem interferir na saúde metabólica e na libido do homem é a falta de exposição à luz solar. Esses fatores podem alterar os níveis de neurotransmissores como a serotonina, que está relacionada ao prazer e ao bem-estar, e de hormônios como o cortisol e a adrenalina, que podem inibir o sistema límbico, responsável pela ativação da libido..

Transtornos emocionais, Medicamentos e a Libido

Fatores psicológicos e psiquiátricos também podem ter um impacto profundo na libido do homem. A depressão, a ansiedade e os transtornos bipolares, entre outros, podem diminuir o interesse e o desejo sexual.

Vários medicamentos utilizados para o tratamento da depressão e ansiedade podem prejudicar a libido do homem, ou seja, o desejo sexual. Esses medicamentos atuam sobre os neurotransmissores cerebrais, como a serotonina, a noradrenalina e a dopamina, que estão envolvidos na regulação do humor, da ansiedade e da sexualidade.

Entre os antidepressivos que podem causar diminuição da libido estão os **inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS)**, como fluoxetina, paroxetina, sertralina e citalopram  ; os **inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina (IRSN)**, como venlafaxina e duloxetina; e os **antidepressivos tricíclicos (ADT)**, como amitriptilina, imipramina e nortriptilina. Esses medicamentos podem interferir na ereção, na ejaculação e no orgasmo do homem.

Entre os ansiolíticos que podem afetar a libido estão os **benzodiazepínicos**, como diazepam, alprazolam, clonazepam e lorazepam. Esses medicamentos podem causar sonolência, relaxamento muscular e diminuição da sensibilidade, o que pode reduzir o interesse pelo sexo.

Existem alguns antidepressivos que prometem não interferir na libido ou até mesmo aumentá-la, como a **trazodona**, a **bupropiona**, a **mirtazapina**, a **reboxetina** e a **agomelatina**. Esses medicamentos têm mecanismos de ação diferentes dos demais antidepressivos e podem ser uma opção para quem sofre com a perda do desejo sexual.

É importante ressaltar que nem todos os homens que usam esses medicamentos terão problemas de libido. A resposta varia de acordo com cada indivíduo e depende de fatores como a dose, o tempo de uso e a interação com outros medicamentos. Além disso, a própria depressão e ansiedade podem diminuir o interesse pelo sexo, independentemente do uso de medicamentos.

Se você está sofrendo com a diminuição da libido causada por algum medicamento para depressão ou ansiedade, converse com o médico que receitou esse tratamento. Ele poderá avaliar a possibilidade de ajustar a dose, trocar o medicamento ou associar outro que possa minimizar esse efeito colateral.

Relacionamento e Intimidade

Outro aspecto importante da libido masculina que muitas vezes é negligenciado é o papel da intimidade e da qualidade da relação. A libido não é apenas uma função biológica, mas também é fortemente influenciada pelas relações emocionais e sociais. Um relacionamento amoroso saudável, onde existe comunicação, respeito e intimidade emocional, pode ter um impacto significativo na libido masculina. Em contraste, o estresse do relacionamento e a falta de intimidade podem resultar em diminuição da libido.

Um dos fatores que pode afetar negativamente a libido masculina é a qualidade do relacionamento e da intimidade com o parceiro ou a parceira.

Um relacionamento desgastado é aquele que perdeu o brilho, a paixão, o respeito e a admiração mútua. É um relacionamento que se tornou monótono, rotineiro, conflituoso ou distante. Nesse tipo de relacionamento, o homem pode sentir que não é mais amado, valorizado ou desejado pelo seu par. Ele pode se sentir frustrado, insatisfeito, culpado ou rejeitado. Esses sentimentos podem gerar ansiedade, estresse, baixa autoestima e depressão, que são inimigos da libido.

A intimidade é a capacidade de se conectar emocionalmente e fisicamente com o outro. É a troca de carinho, afeto, confiança e cumplicidade. A intimidade é essencial para manter o desejo e a satisfação sexual. Quando a intimidade é prejudicada por problemas de comunicação, falta de tempo, infidelidade, ciúmes ou incompatibilidade de interesses, o homem pode perder o interesse ou a motivação para se envolver sexualmente com o seu par. Ele pode se sentir desconectado, solitário, incompreendido ou indiferente. Esses sentimentos podem gerar desânimo, apatia, tédio e descontentamento, que são obstáculos para a libido.

Estilo de Vida e Libido

Finalmente, o estilo de vida também pode ter um papel importante na libido masculina. Hábitos pouco saudáveis como sedentarismo, dieta pobre, tabagismo, uso excessivo de álcool e drogas, falta de sono e estresse crônico podem levar a uma diminuição da libido. Já uma vida saudável, com exercícios físicos regulares, boa alimentação e controle do estresse, pode aumentar a libido  .

Conclusão

Em resumo, a libido masculina é uma função complexa que é influenciada por uma variedade de fatores biológicos, psicológicos, sociais e de estilo de vida. Embora a testosterona desempenhe um papel importante, a visão de que é o único fator na libido masculina é simplista e não reflete a realidade. Entender a complexidade da libido masculina é crucial para seu gerenciamento e para lidar com problemas como a diminuição do desejo sexual.

FAQ (Perguntas e Respostas Frequntes)

Pergunta 1: A testosterona é o único fator que influencia a libido masculina? Não, embora a testosterona seja um dos principais hormônios responsáveis pela ativação da libido masculina, existem outros fatores que influenciam essa libido. Estes incluem a saúde metabólica geral, a saúde emocional e a qualidade da relação e intimidade.

Pergunta 2: De que maneira a saúde metabólica pode impactar a libido masculina? Níveis elevados de pressão arterial, uma circunferência abdominal maior, níveis elevados de triglicerídeos e níveis alterados de glicose no sangue podem afetar a libido masculina. Estes fatores metabólicos podem influenciar a circulação sanguínea e a irrigação do pênis, dificultando a ereção e a manutenção da mesma. Além disso, problemas metabólicos podem interferir na produção de testosterona, o principal hormônio que regula o desejo sexual, a potência e a performance.

Pergunta 3: Transtornos emocionais podem influenciar a libido masculina? Sim, transtornos emocionais como depressão, ansiedade e transtornos bipolares podem ter um impacto profundo na libido do homem, diminuindo o interesse e o desejo sexual.

Pergunta 4: Alguns medicamentos podem afetar a libido masculina? Sim, certos medicamentos utilizados para o tratamento de depressão e ansiedade podem prejudicar a libido masculina. Isso inclui os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS), inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina (IRSN), antidepressivos tricíclicos (ADT) e benzodiazepínicos.

Pergunta 5: Existem medicamentos antidepressivos que não interferem na libido masculina? Sim, alguns antidepressivos como a trazodona, a bupropiona, a mirtazapina, a reboxetina e a agomelatina prometem não interferir na libido ou até mesmo aumentá-la. Entretanto, é importante conversar com o médico sobre possíveis efeitos colaterais e ajustes necessários na dosagem.

Pergunta 6: Como os fatores relacionais podem impactar a libido masculina? A qualidade do relacionamento e a intimidade emocional podem ter um impacto significativo na libido masculina. Um relacionamento amoroso saudável, onde existe comunicação, respeito e intimidade, pode aumentar a libido. Por outro lado, o estresse no relacionamento e a falta de intimidade podem resultar em diminuição da libido.

Pergunta 7: O que pode ser feito se um medicamento para depressão ou ansiedade está causando diminuição da libido? Se a diminuição da libido for causada por um medicamento para depressão ou ansiedade, é recomendável conversar com o médico que prescreveu o tratamento. Ele poderá avaliar a possibilidade de ajustar a dose, trocar o medicamento ou associar outro que possa minimizar esse efeito colateral.

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