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FALTA DE HORMÔNIO MASCULINO e os impactos na saúde do homem

FALTA DE HORMÔNIO MASCULINO e os impactos na saúde do homem

A testosterona é fundamental para a saúde dos homens e sua deficiência pode afetar significativamente a qualidade de vida. Ela é responsável por inúmeras funções, incluindo manutenção da libido, controle do humor, força muscular e disposição para realizar atividades diárias.

Testosterona e Função Sexual

A testosterona desempenha um papel central na função sexual masculina, particularmente na ereção. Ela regula a liberação do óxido nítrico, um componente crucial para a vasodilatação que permite a chegada do sangue aos corpos cavernosos do pênis, ocasionando a ereção. Uma diminuição dos níveis de testosterona pode comprometer este processo, afetando a função sexual.

A Enzima 5 Fosfodiesterase e sua Intermediação

A intermediação da enzima 5 fosfodiesterase é crucial para a liberação adequada do óxido nítrico. Na presença de deficiência de testosterona, essa enzima pode não funcionar adequadamente, prejudicando a ereção. Quando a reposição de testosterona é iniciada, a função sexual geralmente retorna ao normal e medicamentos como o Viagra podem ter efeitos aprimorados.

Testosterona, Depressão e Distúrbios de Humor

Um aspecto frequentemente ignorado da deficiência de testosterona é seu impacto nos distúrbios de humor. A depressão e a irritabilidade são sintomas comuns em homens com baixos níveis de testosterona. Isso pode se manifestar em mudanças de comportamento, onde um indivíduo antes alegre e extrovertido pode se tornar triste e introvertido.

Fertilidade Masculina e Testosterona

A testosterona também é essencial para a fertilidade masculina. As células germinativas e os epidídimos (uma parte do testículo) necessitam de testosterona para funcionar adequadamente. Homens com níveis baixos de testosterona frequentemente apresentam uma diminuição da fertilidade.

A Testosterona e a Produção de Espermatozoides

No entanto, a reposição de testosterona em doses elevadas e por longos períodos de tempo pode resultar em uma diminuição ou até mesmo na cessação completa da produção de espermatozoides. Portanto, é vital que a terapia seja adequadamente monitorada e dosada.

Testosterona, Câncer de Próstata e Hiperplasia prostática benigna

A terapia de reposição de testosterona não aumenta a incidência de câncer de próstata nem os sintomas do trato urinário inferior relacionados à hiperplasia prostática benigna.

Entretanto, muitos homens têm receio de fazer a reposição de testosterona por medo de que isso possa aumentar o risco de desenvolver câncer de próstata ou agravar os sintomas urinários em caso de hiperplasia prostática benigna (HPB), um aumento benigno da glândula. Esses temores se baseiam em uma antiga teoria que relacionava os níveis elevados de testosterona com o crescimento do tumor prostático.

Porém, estudos recentes têm mostrado que essa teoria não se sustenta na prática. Na verdade, não há evidências científicas que comprovem que a reposição de testosterona esteja associada a um maior risco de câncer de próstata em homens com hipogonadismo. Pelo contrário, alguns estudos sugerem que a deficiência de testosterona pode estar relacionada a um maior risco de desenvolver ou morrer por essa doença.

Além disso, a reposição de testosterona não parece piorar as queixas urinárias em homens com HPB. Na verdade, alguns estudos indicam que a terapia pode até melhorar o fluxo urinário e reduzir os sintomas obstrutivos e irritativos. Isso se deve ao fato de que a testosterona pode ter um efeito benéfico sobre o músculo liso da bexiga e da uretra.

Portanto, a reposição de testosterona pode ser considerada uma opção segura e eficaz para homens com hipogonadismo, desde que feita sob orientação médica e com acompanhamento regular da próstata. A terapia não deve ser iniciada em homens com diagnóstico ou suspeita de câncer de próstata, mas pode ser avaliada em casos selecionados de homens previamente tratados para o tumor e sem evidência de doença ativa.

No entanto, requer um monitoramento médico cuidadoso, incluindo a realização de exames de PSA e exames de toque retal.

Redistribuição da Composição Corporal

A deficiência de testosterona pode levar ao aumento da gordura corporal e à diminuição da massa muscular magra. Isso pode predispor os indivíduos à síndrome metabólica, um grupo de condições que aumentam o risco de doença cardíaca, acidente vascular cerebral e diabetes tipo 2.

Acompanhamento com exames

O monitoramento através de exame do homem que faz terapia de reposição hormonal é importante para avaliar a eficácia e a segurança do tratamento. O exame mais utilizado para medir os níveis de testosterona no sangue é o de testosterona total e livre, que deve ser feito em jejum e preferencialmente pela manhã, quando os níveis do hormônio são mais altos.

Além da testosterona, outros exames que podem ser solicitados pelo médico para monitorar a terapia de reposição hormonal são: PSA (antígeno prostático específico), que serve para rastrear o câncer de próstata; FSH (hormônio folículo-estimulante) e LH (hormônio luteinizante), que regulam a produção de testosterona pelos testículos; prolactina, que pode indicar alguma disfunção hormonal; hemograma completo, que pode detectar alterações no sangue como anemia ou policitemia (aumento dos glóbulos vermelhos; perfil lipídico, que avalia os níveis de colesterol e triglicerídeos; glicemia em jejum, que mede o açúcar no sangue; e função hepática, que verifica o funcionamento do fígado .

O monitoramento através de exame deve ser feito periodicamente, de acordo com a orientação do médico, que irá ajustar a dose da medicação conforme os resultados obtidos. O objetivo é manter os níveis de testosterona dentro da faixa normal, evitando os efeitos colaterais da terapia de reposição hormonal, como aumento da próstata, retenção de líquidos, acne, ginecomastia (aumento das mamas), alterações no humor, aumento do risco cardiovascular e tromboembólico .

Conclusão

A deficiência de testosterona pode afetar a qualidade de vida dos homens de várias maneiras. A conscientização sobre esses efeitos é o primeiro passo para a busca de ajuda médica e a adoção de estratégias de gerenciamento, como a terapia de reposição de testosterona. Como sempre, qualquer terapia deve ser acompanhada de perto por um profissional de saúde para garantir que os benefícios superem os riscos.

FAQ (Perguntas e Respostas Frequentes)

  1. Quais são os principais impactos da deficiência de testosterona na saúde masculina?

A deficiência de testosterona pode afetar a saúde do homem em diversos aspectos, incluindo a função sexual, o humor, a força muscular e a disposição para atividades diárias. Os impactos mais notáveis podem ser na libido e na capacidade de ereção, na alteração de comportamento e humor, e também na fertilidade.

  1. Como a deficiência de testosterona afeta a função sexual masculina?

A testosterona regula a liberação do óxido nítrico, componente crucial para a vasodilatação que permite a chegada do sangue aos corpos cavernosos do pênis, ocasionando a ereção. Se houver deficiência de testosterona, esse processo pode ser comprometido, afetando a função sexual.

  1. Como a deficiência de testosterona impacta o humor?

A depressão e a irritabilidade são sintomas comuns em homens com baixos níveis de testosterona. Portanto, uma deficiência desse hormônio pode levar a mudanças de comportamento, onde um indivíduo antes alegre e extrovertido pode se tornar triste e introvertido.

  1. A deficiência de testosterona pode afetar a fertilidade masculina?

Sim, a testosterona é essencial para a fertilidade masculina. As células germinativas e os epidídimos (uma parte do testículo) necessitam de testosterona para funcionar adequadamente. Homens com níveis baixos de testosterona frequentemente apresentam uma diminuição da fertilidade.

  1. A terapia de reposição de testosterona pode aumentar o risco de câncer de próstata?

A terapia de reposição de testosterona não está associada a um aumento no risco de câncer de próstata, nem aumenta os sintomas do trato urinário inferior relacionados à hiperplasia prostática benigna. Entretanto, requer um monitoramento médico cuidadoso, incluindo a realização de exames de PSA e exames de toque retal.

  1. Como a deficiência de testosterona pode afetar a composição corporal?

A deficiência de testosterona pode levar ao aumento da gordura corporal e à diminuição da massa muscular magra. Isso pode predispor os indivíduos à síndrome metabólica, um grupo de condições que aumentam o risco de doença cardíaca, acidente vascular cerebral e diabetes tipo 2.

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