Dar Duas Resolve a Ejaculação Precoce? Entenda Por Que Essa Não é a Melhor Solução

A ejaculação precoce é uma queixa comum entre os homens e, com isso, surgem também diversas “soluções populares”. Uma das mais conhecidas é a famosa ideia de que “dar duas” é suficiente para resolver o problema. Mas será que isso é verdade? Neste artigo, vamos analisar com calma essa estratégia, mostrar seus limites e apresentar tratamentos cientificamente eficazes.

O que significa “dar duas”?

O conceito de “dar duas” se baseia na ideia de que, após uma primeira relação sexual mais rápida, a segunda dura mais tempo, pois o nível de excitação estaria mais controlado. Embora isso possa ocorrer em alguns casos, não significa que seja uma solução real ou eficaz para o tratamento da ejaculação precoce.

Por que essa tática não funciona para todos

1. Período refratário: Nem todos os homens conseguem ter uma segunda relação logo após a primeira. Isso depende da idade e das condições físicas. Enquanto um jovem de 18 a 25 anos pode precisar de 20 a 30 minutos para se recuperar, homens com mais de 50 anos podem demorar horas, o que torna a estratégia inviável.
2. Pressão por desempenho: A expectativa de “ter que dar duas” pode gerar ansiedade, frustração e, em casos mais graves, até mesmo disfunção erétil. O medo de não conseguir repetir a performance acaba sendo um obstáculo maior do que o problema original.
3. Desgaste físico e emocional: A primeira relação tende a ser mais intensa e prazerosa. Já a segunda, especialmente se for forçada, pode vir acompanhada de cansaço, menor excitação e queda de desempenho.
4. Não trata a causa do problema: O maior problema dessa estratégia é que ela ignora a raiz da ejaculação precoce. Ao invés de buscar soluções definitivas, o homem apenas tenta contornar os sintomas.

Tratamentos eficazes para ejaculação precoce

Felizmente, há diversas abordagens eficazes para tratar a ejaculação precoce. Vamos a elas:

1. Acompanhamento psicológico

A ansiedade é um dos principais gatilhos da ejaculação precoce. Terapias comportamentais, técnicas de relaxamento e meditação podem ser úteis, embora exijam tempo e disciplina.

2. Técnicas comportamentais

Alguns homens tentam controlar a ejaculação interrompendo o movimento durante o sexo, apertando a região do pênis ou tentando pensar em outra coisa. Essas técnicas podem ajudar, mas muitas vezes comprometem o prazer e não funcionam para todos.

3. Anestésicos locais

Produtos como géis, cremes e sprays à base de anestésicos locais (xilocaína, prilocaína) diminuem a sensibilidade do pênis, prolongando o tempo até a ejaculação. Porém, podem causar perda de prazer ou mesmo transferir o anestésico para a parceira, o que não é ideal.

4. Medicamentos via oral

Os medicamentos mais eficazes são os antidepressivos que agem aumentando os níveis de serotonina, substância ligada ao controle da ejaculação. Entre eles:

• Dapoxetina: uso sob demanda, cerca de 1 a 3 horas antes da relação;
• Paroxetina, Sertralina (ISRS): uso diário, com bons resultados;
• Clomipramina: antidepressivo tricíclico eficaz em baixas doses.

Esses medicamentos têm alta taxa de sucesso, são seguros quando utilizados com orientação médica e trazem mais previsibilidade e controle ao paciente.

Conclusão

A ideia de que “dar duas” resolve a ejaculação precoce é um mito. Pode funcionar ocasionalmente, mas está longe de ser um tratamento confiável ou eficaz. Em vez de buscar soluções temporárias ou arriscadas, o ideal é procurar um especialista e adotar abordagens cientificamente comprovadas.

Com o tratamento adequado, é totalmente possível ter uma vida sexual mais satisfatória, prazerosa e com confiança. Se você sofre com ejaculação precoce, não tenha vergonha de buscar ajuda. A solução existe, e ela está ao seu alcance.

FAQ (Perguntas e Respostas Frequentes)

1. “Dar duas” realmente ajuda a controlar a ejaculação precoce?
   Não necessariamente. Embora alguns homens relatem que a segunda relação dura mais tempo, essa não é uma solução confiável. Muitos fatores influenciam a capacidade de ter uma segunda ereção, como idade, saúde física e estado emocional. Além disso, essa estratégia não trata a causa do problema.
2. O que é o período refratário e como ele interfere nisso?
   O período refratário é o tempo que o corpo masculino leva para se recuperar após uma ejaculação e estar pronto para uma nova relação sexual. Em homens mais jovens, esse tempo pode ser curto, mas com o avanço da idade ele aumenta — podendo levar horas. Por isso, nem todos conseguem “dar duas” na sequência.
3. Quais são os riscos de tentar resolver o problema apenas com essa técnica?
   Além de não tratar a causa da ejaculação precoce, essa abordagem pode gerar ansiedade, frustração e até disfunção erétil. A pressão por desempenho e o medo de falhar acabam atrapalhando ainda mais a vida sexual do homem.
4. Existe tratamento eficaz para ejaculação precoce?
   Sim. Existem diversos tratamentos eficazes, como terapia psicológica, técnicas comportamentais, uso de anestésicos locais e, principalmente, medicamentos que aumentam os níveis de serotonina. Esses medicamentos oferecem melhores resultados e maior previsibilidade.
5. Medicamentos antidepressivos funcionam para ejaculação precoce?
   Sim. Antidepressivos como dapoxetina, paroxetina, sertralina e clomipramina são eficazes para o controle da ejaculação precoce, mesmo em doses baixas. Eles devem ser usados com orientação médica e apresentam bons índices de sucesso.
6. Quando devo procurar ajuda médica?
   Se a ejaculação precoce está afetando sua vida sexual, emocional ou relacionamento, é importante procurar um profissional. O tratamento adequado pode melhorar significativamente sua qualidade de vida e autoestima.

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Segue o link do vídeo: https://youtu.be/jz6xtXH4caU