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CRIPTORQUIDIA: o testículo não desceu!!!

CRIPTORQUIDIA: o testículo não desceu!!!

Seu filho não nasceu com um dos testículos dentro da bolsa escrotal? Vamos entender mais sobre isso neste artigo.

Criptorquidia: O que é? 

Hoje nós vamos falar sobre um assunto que é bastante frequente: a presença de testículos não descidos ou, como chamamos na medicina, criptorquidismo.

A descida dos testículos é importante para garantir a função reprodutiva e evitar complicações como hérnias, torção e câncer de testículo . Quando a descida dos testículos não ocorre naturalmente é necessário estar atento ao desenvolvimento da criança. A criptorquidia pode ser unilateral (quando apenas um testículo não desce) ou bilateral (quando os dois testículos não descem).

O desenvolvimento dos testículos

A descida dos testículos é um processo que ocorre durante o desenvolvimento do feto masculino e que consiste na migração dos testículos da cavidade abdominal para a bolsa escrotal. Esse processo se inicia por volta da 9ª ou 10ª semana de gestação e se completa entre a 28ª e a 40ª semana de gestação . Em alguns casos, a descida dos testículos pode acontecer após o nascimento, até os 6 meses de vida .

Os testículos são formados dentro da cavidade abdominal e, com o crescimento da criança, eles descem para a região da virilha, para só então, estarem posicionados dentro da bolsa escrotal.

Essa movimentação é crucial para a função do testículo: para que exista um adequado funcionamento das células germinativas, que são responsáveis pela produção dos espermatozoides, é necessário que haja uma diminuição da temperatura desse órgão em cerca de 3 a 4 graus Celsius.

Formas de Criptorquidia: Congênita e Adquirida 

A criptorquidia pode ser congênita ou adquirida. A forma congênita ocorre quando a criança já nasce com o testículo não descido. Já a forma adquirida ocorre quando a criança desenvolve esse problema à medida que cresce.

Criptorquidia Congênita (quando já nasce com isso)

A maioria dos casos de criptorquidia é congênita e afeta cerca de 3% dos bebês nascidos a termo e até 30% dos prematuros.

A porcentagem de casos de criptorquidia congênita que tendem a se resolver espontaneamente com o crescimento da criança varia de acordo com a localização do testículo não descido. Em geral, cerca de dois terços dos testículos não descidos migram espontaneamente nos primeiros quatro meses de vida. Assim, cerca de 0,8% dos bebês necessitam de tratamento. Em crianças prematuras, a taxa de resolução espontânea é menor, cerca de 50%.

A resolução espontânea da criptorquidia ocorre devido à ação de fatores hormonais, físicos e ambientais que estimulam a migração do testículo pelo canal inguinal em direção ao escroto. Esses fatores incluem andrógenos, fator inibidor mülleriano, regressão do gubernáculo, pressão intra-abdominal e exposição aos estrógenos maternos ou substâncias antiandrogênicas. No entanto, nem sempre esses fatores são suficientes para garantir a descida completa do testículo, especialmente se houver algum obstáculo anatômico ou genético que impeça o seu trajeto normal.

Criptorquidia Adquirida

Por outro lado, temos crianças que nascem com os testículos localizados corretamente na bolsa escrotal, mas, à medida que se desenvolvem, o testículo sai dessa posição. Isso é chamado de criptorquidia adquirida.

Tratamento da Criptorquidia

A criptorquidia é uma condição em que um ou ambos os testículos não descem para o escroto no momento do nascimento ou durante a infância. Isso pode causar problemas de saúde, como infertilidade, câncer de testículo ou torção testicular. Por isso, é importante que a criptorquidia seja tratada o quanto antes.

O tratamento mais comum para a criptorquidia é a cirurgia de orquidopexia, que consiste em reposicionar o testículo na bolsa escrotal e fixá-lo com pontos. Essa cirurgia pode ser feita por via aberta ou laparoscópica, dependendo da localização do testículo e da experiência do cirurgião.

A idade ideal para realizar a cirurgia de criptorquidia ainda é motivo de debate entre os especialistas, mas a maioria concorda que ela deve ser feita antes dos dois anos de idade, preferencialmente entre os 6 e 18 meses de vida do bebê. Isso porque quanto mais cedo a cirurgia for feita, maiores são as chances de preservar a função testicular e evitar complicações futuras.

Importância do Tratamento

A cirurgia é importante não apenas para corrigir a localização do testículo, mas também para preservar a fertilidade da criança e facilitar a detecção precoce do câncer de testículo. Pacientes que tiveram criptorquidia têm um risco aumentado de desenvolver câncer de testículo. Portanto, se os testículos estiverem numa posição que possa ser facilmente palpada, o câncer será detectado de maneira mais precoce possível.

Conclusão

A criptorquidia é uma condição congênita que afeta uma parcela significativa de recém-nascidos, especialmente os prematuros, e que pode ter resolução espontânea ou necessidade de intervenção médica. Dada a sua associação com problemas de saúde futuros, como infertilidade e câncer de testículo, a identificação e tratamento adequado dessa condição são vitais. Na maior parte dos casos, a condição se resolve espontaneamente nos primeiros meses de vida, graças a uma variedade de fatores hormonais, físicos e ambientais. No entanto, para aqueles que não experienciam essa resolução espontânea, a intervenção cirúrgica, como a orquidopexia, é a abordagem mais comum. O momento ideal para a cirurgia é antes dos dois anos de idade para aumentar as chances de preservação da função testicular e evitar futuras complicações. Dessa forma, o tratamento não é apenas necessário para corrigir a localização do testículo, mas também para prevenir complicações a longo prazo e garantir a saúde futura do indivíduo.

 

FAQs (Perguntas e respostas frequentes)

  1. O que é criptorquidia? Resposta: Criptorquidia é uma condição em que um ou ambos os testículos não descem para a bolsa escrotal no momento do nascimento ou durante a infância. É caracterizada pela ausência do testículo na bolsa escrotal, podendo ser unilateral (quando apenas um testículo não desce) ou bilateral (quando os dois testículos não descem).
  2. Quais são as formas de criptorquidia? Resposta: A criptorquidia pode ser classificada em congênita ou adquirida. A forma congênita ocorre quando a criança já nasce com o testículo não descido, enquanto a forma adquirida ocorre quando o testículo se posiciona corretamente na bolsa escrotal, mas depois sai dessa posição.
  3. Qual é o desenvolvimento dos testículos? Resposta: Durante o desenvolvimento do feto masculino, os testículos são formados dentro da cavidade abdominal e, posteriormente, migram para a bolsa escrotal. Esse processo geralmente ocorre entre a 9ª e a 40ª semana de gestação. Em alguns casos, a descida dos testículos pode acontecer após o nascimento, até os 6 meses de vida.
  4. Como a criptorquidia congênita pode se resolver espontaneamente? Resposta: A resolução espontânea da criptorquidia congênita ocorre em cerca de dois terços dos casos nos primeiros quatro meses de vida. No entanto, a taxa de resolução espontânea é menor em crianças prematuras, aproximadamente 50%. Fatores hormonais, físicos e ambientais podem estimular a migração dos testículos para a bolsa escrotal, mas obstáculos anatômicos ou genéticos podem impedir a descida completa.
  5. Qual é o tratamento para a criptorquidia? Resposta: O tratamento mais comum para a criptorquidia é a cirurgia de orquidopexia. Essa cirurgia consiste em reposicionar o testículo na bolsa escrotal e fixá-lo com pontos. A idade ideal para realizar a cirurgia é motivo de debate, mas a maioria concorda que deve ser feita antes dos dois anos de idade, preferencialmente entre os 6 e 18 meses de vida do bebê, para preservar a função testicular e evitar complicações futuras.
  6. Qual é a importância do tratamento da criptorquidia? Resposta: O tratamento da criptorquidia é importante não apenas para corrigir a localização do testículo, mas também para preservar a fertilidade da criança e facilitar a detecção precoce do câncer de testículo. Pacientes com histórico de criptorquidia têm um risco aumentado de desenvolver câncer de testículo. Portanto, o tratamento adequado visa evitar complicações a longo prazo e garantir a saúde futura do indivíduo.

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