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CISTO NO RIM: há motivo para preocupação?

Você está preocupado com a presença de cistos no seu rim?

O que é um cisto renal?

Cistos renais são alterações comuns nos rins, caracterizadas pela presença de pequenas bolsas cheias de líquido. Eles são geralmente benignos, mas existem algumas variações que requerem atenção.

Cisto renal simples

Características dos cistos renais simples

O cisto renal simples é o tipo mais comum de cisto renal. Geralmente, ocorre em uma proporção de dois homens para uma mulher, e a incidência aumenta com a idade.

Fatores de risco

Alguns fatores de risco conhecidos para o aparecimento do cisto renal simples incluem disfunções renais, ser do sexo masculino, fumar e ter hipertensão arterial.

Sintomas e localização dos cistos renais simples

Na maioria das vezes, esses cistos são únicos e ocorrem apenas em um rim. Geralmente, eles são assintomáticos, mas cistos grandes podem causar dor abdominal, hipertensão arterial e até mesmo sangramento na urina.

Cisto renal complexo

Características dos cistos renais complexos

Os cistos renais complexos têm características que os diferenciam dos cistos simples. Eles podem apresentar irregularidades na cápsula, septações internas e calcificações.

Classificação dos cistos complexos – A escala de Bosniak

Os cistos complexos são classificados de acordo com a escala de Bosniak, que é determinada por critérios tomográficos.

A classificação tomográfica de Bosniak para cistos renais é um sistema que foi criado para diagnosticar e tratar essas lesões, baseado nas características morfológicas e do realce do contraste visto nas suas paredes e septos internos . Essa classificação divide os cistos renais em cinco categorias, de acordo com o grau de complexidade e maior probabilidade de malignidade.

– Categoria I: cisto simples, regular, preenchido por líquido, sem realce pelo contraste. São lesões benignas e não têm risco de transformarem-se em um tipo de câncer. Não necessitam de tratamento nem de acompanhamento .

– Categoria II: cisto minimamente complexo, com alterações discretas, como calcificações finas, septos finos ou conteúdo levemente hiperdenso. São muito provavelmente benignos e também não necessitam de tratamento nem de acompanhamento .

– Categoria IIF: cisto moderadamente complexo, com alterações mais evidentes, como septos espessos, calcificações grosseiras ou conteúdo heterogêneo. São lesões que merecem acompanhamento com exames de imagem periódicos, pois podem evoluir para categorias mais altas. A sigla “F” vem do termo em inglês “follow-up”, que significa “seguimento” .

– Categoria III: cisto muito complexo, com paredes ou septos espessos e irregulares, que apresentam realce pelo contraste. São lesões que têm risco significativo de serem malignas e devem ser tratadas com cirurgia .

– Categoria IV: cisto praticamente sólido, com grande quantidade de material espesso e realçante no seu interior. São lesões que têm alto risco de serem malignas e também devem ser tratadas com cirurgia .

A chance de um cisto renal tornar-se um câncer renal depende da sua categoria na classificação de Bosniak. Os cistos das categorias I e II são benignos e não se transformam em câncer. Os cistos da categoria IIF têm cerca de 5% de chance de serem malignos. Os cistos da categoria III têm cerca de 50% de chance de serem malignos. Os cistos da categoria IV têm cerca de 90% de chance de serem malignos. Portanto, os cistos que precisam ser retirados através da cirurgia são os das categorias III e IV, pois têm risco significativo ou alto de malignidade.

Doença Renal Cística

Doença renal policística

A doença renal policística é uma condição hereditária que leva à formação de múltiplos cistos nos rins. É importante realizar exames de imagem se você tem histórico familiar desta doença.

A doença renal policística é uma condição hereditária que afeta os rins, causando o aparecimento de múltiplos cistos cheios de líquido. Esses cistos podem crescer e danificar o tecido renal, levando à perda progressiva da função renal. A doença renal policística pode ser classificada em dois tipos principais: a forma autossômica dominante (DPRAD), que é a mais comum e geralmente se manifesta na idade adulta, e a forma autossômica recessiva (DRPAR), que é mais rara e grave e costuma se manifestar na infância.

O diagnóstico da doença renal policística pode ser feito por meio de exames de imagem, como ultrassonografia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética dos rins. Esses exames permitem visualizar os cistos e avaliar o tamanho e a forma dos rins. Além disso, exames de sangue e urina podem ser solicitados para verificar a função renal e a presença de infecções ou sangramentos.

Os critérios ultrassonográficos para o diagnóstico da DPRAD dependem da idade do paciente e da história familiar da doença. Se houver pesquisa genética disponível, ela pode confirmar o diagnóstico. Se não houver, os seguintes critérios podem ser utilizados :

– Para indivíduos entre 15 e 30 anos de idade, considera-se DPRAD se houver pelo menos dois cistos unilaterais ou bilaterais.

– Para indivíduos entre 30 e 59 anos de idade, considera-se DPRAD se houver pelo menos dois cistos em cada rim.

– Para indivíduos com 60 anos ou mais, considera-se DPRAD se houver pelo menos quatro cistos em cada rim.

Esses critérios são válidos para pacientes com história familiar de DPRAD. Para pacientes sem história familiar, os critérios são mais rigorosos e exigem um número maior de cistos para o diagnóstico.

A DRPAR não tem critérios ultrassonográficos específicos, mas geralmente apresenta cistos menores e mais numerosos que a DPRAD, além de envolver outros órgãos, como fígado e pâncreas.

A doença renal policística não tem cura, mas pode ser tratada com medidas para aliviar os sintomas, controlar a pressão arterial, prevenir ou tratar as complicações e retardar a progressão da doença. Em alguns casos, pode ser necessário realizar diálise ou transplante renal quando a função renal estiver muito comprometida.

As chances de um paciente com doença renal policística precisar de diálise dependem de vários fatores, como o tipo e a gravidade da doença, a idade do paciente, a presença de outras condições associadas e a resposta ao tratamento. Estima-se que cerca de 50% dos pacientes com DPRAD desenvolvam insuficiência renal terminal aos 60 anos de idade. Já os pacientes com DRPAR têm um risco muito maior de insuficiência renal precoce e podem necessitar de diálise ainda na infância ou na adolescência.

Doença renal policística adquirida

Esta é uma condição que ocorre em pacientes que passaram por longos períodos de diálise. Eles têm uma maior incidência de câncer renal, por isso o acompanhamento criterioso é fundamental.

Diagnóstico

Exames e avaliações

O diagnóstico dos cistos renais é feito através de exames de imagem como ultrassom, tomografia computadorizada ou ressonância magnética.

Tratamento e Acompanhamento

Quando é necessário tratamento?

O tratamento dos cistos renais depende do tipo de cisto e dos sintomas apresentados pelo paciente. Na maioria dos casos, os cistos simples não requerem tratamento.

A importância do acompanhamento criterioso

O acompanhamento regular é essencial para monitorar a evolução dos cistos e identificar precocemente qualquer sinal de complicação.

Conclusão

Fique tranquilo, mas fique atento

Na maioria dos casos, os cistos renais são benignos e não causam sintomas. No entanto, é importante ficar atento e realizar exames regulares, especialmente se você tem fatores de risco.

FAQ (Perguntas e respostas frequentes)

1. O que é um cisto renal? R: Cistos renais são pequenas bolsas cheias de líquido que se formam nos rins. Eles são comuns e geralmente benignos, mas existem algumas variações que requerem atenção médica.

2. Quais são as características dos cistos renais simples e complexos? R: Cistos renais simples são os mais comuns. Normalmente, eles ocorrem em um rim e são assintomáticos, a menos que cresçam muito. Já os cistos renais complexos apresentam irregularidades na cápsula, septações internas e calcificações.

3. Como os cistos renais são classificados? R: Os cistos renais são classificados pela escala de Bosniak, que se baseia em critérios tomográficos e divide os cistos em cinco categorias. A categoria do cisto determina o risco de transformação em câncer renal.

4. O que é a doença renal policística? R: A doença renal policística é uma condição hereditária que provoca a formação de múltiplos cistos nos rins. Se não for tratada adequadamente, pode levar à perda progressiva da função renal.

5. Como os cistos renais são diagnosticados? R: Os cistos renais são geralmente diagnosticados através de exames de imagem, como ultrassonografia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética.

6. Quando é necessário tratar os cistos renais? R: O tratamento dos cistos renais depende do tipo de cisto e dos sintomas apresentados pelo paciente. Cistos simples geralmente não requerem tratamento, mas cistos complexos e cistos que causam sintomas podem necessitar de intervenção.

7. Por que é importante monitorar os cistos renais? R: O acompanhamento regular é essencial para monitorar a evolução dos cistos e identificar precocemente qualquer sinal de complicação. Além disso, alguns cistos renais, especialmente os complexos, podem aumentar o risco de câncer renal, tornando o acompanhamento ainda mais importante.

Comentem e compartilhem!! Aposto que muitas pessoas tem interesse em saber desse assunto!!

 

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